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O CANTO

Sentei, para poder ver melhor ela passar

seu caminho sempre é esse

mas nunca estou no seu campo de vista.

Mas meu contentamento faz ainda olhar.

Aqui, num canto, jazida a esperança

de que sua face, nem que seja em parte

se volte à mim.

Mas nem sempre a musica toca pro's mesmos

Se o brilho fosse meu

eu tinha luz.

O sol seria eu.

Tô mais pra vela

quase sem ar, a um fio de brio

ficando escuro.

Apaguem de vez a luz,

aproveite e feche a janela,

o frio incomoda quem não tem agasalho.

Feche a porta também,

não quero barulho,

e já está incomodando meu sereno.

Amanhã vou voltar pro canto de lá,

talvez na última vez, ela possa olhar.

Um último paradigma à quebrar.

De quem não vá nem mesmo lembrar... 

Autor: Plínio de Assis Colares

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Direito Reservado Plínio Colares 2018

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