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Pedro Peralta

Pedro ainda está chorando...

Mas dessa vez um pouco mais fraco

A noite inteira em prantos...

Seus pais?  – coitados – não "pregaram" os olhos.

Agora Pedro parece querer brincar,

as três e meia da matina,

está sorrindo, gargalhando...

E quer atenção.

Mas pai cansado não levantaria, mas PAI sim.

Mas mãe com sono não levantaria, mas MÃE sim.

Acenderam a luz

e parece que hoje vai ter uma "festa" na madrugada;

Três pessoas... uma ainda é um ‘pingo de gente’,

mas a mais animada e dormiu a tarde inteira.

O pai e a mãe com um ‘olho deitado e outro meio em pé’, acompanham a dança.

Agora é hora de pular,

falar GU-GU-DÁ-DÁ,

o pequeno arrisca falar: - MÃMÃ... PÁPÁ...

Ah... Não é que o cansaço passou!

A alegria de meia palavra falada...

Sorrindo os pais se olham

Nesta hora até na cozinha o pai se atreve ir,

esquentar o café da noite passada, claro.

 - Bem quente! A mãe grita da sala.

Apita o relógio, marcando a noite,

lembrando do sono.

- Éh... Se continuar assim vamos ser os pais mais felizes do mundo.

- E os mais exaustos também - entre risos comentam.

Passado algumas horas,

em absoluto silêncio os pais se olhavam,

a luz da lua discretamente iluminava o chão da sala,

enquanto no colo do pai dormia aquele peralta.

 

Autor: Plínio de Assis Colares (2010)

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Direito Reservado Plínio Colares 2018

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